Taxis acessíveis com rampa proporcionam maior praticidade

A rampa instalada no veículo facilita o acesso, ao invés da demora de uma plataforma elétrica ou o incômodo de ser carregado
Os veículos WAV (Wheelchair Accessible Vehicle) da Italmobility são projetados respeitando os requisitos internacionais de segurança utilizados no setor automotivo. As adaptações dos veículos são projetadas com rígidos critérios pelo nosso time de engenheiros, testadas através de severos controle e compartilhadas com as casas montadoras.
Tudo isso para garantir a segurança e a qualidade dos veículos de serie. A SPIN WAV mantém as característica de um veículo comum e resguarda a privacidade das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Ideal para família ou para serviço de táxi acessível. Graças ao kit de rebaixamento do piso projetado e produzido pela Italmobility, a SPIN WAV garante um amplo e confortável espaço interno para o cadeirante e para os outros passageiros, assegurando uma viagem em um ambiente confortável e ergonômico.
SEGURANÇA E CONFORTO
As operações de ancoragem da cadeira de rodas e do cadeirante são rápidas e simples. São utilizados dois retratores elétricos anteriores com dispositivo de retenção que evita o retorno da cadeira no momento do embarque, dois retratores manuais posteriores e o cinto de segurança de três pontos.
Os bancos rebatíveis são dobrados somente se houver um passageiro com cadeira de rodasCintos de segurança para a cadeira de rodas e o passageiroOs bancos rebatíveis são dobrados somente se houver um passageiro com cadeira de rodas. Cintos de segurança para a cadeira de rodas e o passageiro.
VERSATILIDADE
Os bancos reclináveis traseiros podem ser reposicionados com extrema facilidade no momento que não tem cadeirante a bordo do veiculo mantendo, dessa forma, a configuração original de fábrica para cinco ocupantes .
ELEGÂNCIA E DESIGN
Luzes de led, compartimentos extra para objetos, revestimentos em plástico ABS, enriquecem a transformação da Chevrolet SPIN com Piso Rebaixado, oferecendo um ambiente de viagem confortável e refinado. Italmobility realiza produtos e componentes de vanguarda para superar os limites dos automóveis, incorporando a cura do design e a tecnologia italiana com a paixão e a criatividade brasileira .

Fonte: Italmobility

Pessoas com deficiência auditivas são atendidas pelo correio

Surdos têm, agora, um novo canal de comunicação na Central de Atendimento dos Correios. A empresa disponibilizou um número telefônico exclusivo que vai atender chamadas feitas a partir de um Terminal Telefônico Para Surdos.
Esse aparelho tem um teclado que permite à pessoa com deficiência auditiva ou da fala digitar uma mensagem de texto para o destinatário e, assim, se comunicar com outras pessoas.
A intenção é permitir que surdos e mudos tenham acesso a informações sobre produtos e serviços e possam registrar manifestações. O novo canal funciona das 8 horas da manhã até às 8 da noite, de segunda a sexta-feira.
E aos sábados, das 8 às 2 horas da tarde. Não há atendimento aos domingos e feriados. Quem quiser usar o serviço, pode ligar no número 0800 725 0898.De acordo com o último censo do IBGE, há cerca de 10 milhões de deficientes auditivos no Brasil.

Fonte: Portal do Governo

Norma Piso tátil

saiu a norma que regulamenta a instalação de piso tátil, a NBR 16537.
Baixe aqui:
https://t.co/cRzbf05qv2

Fonte: Portal IG

Na Rússia, reabilitação com esqui ajuda pessoas com deficiência

Segundo dados do Serviço Federal de Estatísticas russo, em 2015 havia 12,4 milhões de pessoas com deficiência física na Federação Russa

Os programas Ski Dreams (Sonhos de Esqui) integram a reabilitação de crianças e adultos com deficiência. Com auxílio de instrutores experientes, pessoas que antes sequer podiam andar, aprenderam a esquiar, na Rússia.
A reabilitação e socialização de pessoas com deficiências é um problema agudo no país, o que torna o projeto é realmente singular. Quando sua filha Alice recebeu o diagnóstico de paralisia cerebral infantil, Maria Tsvetkova passou a “literalmente viver em hospitais” de Moscou, além de frequentar cursos de reabilitação na República Tcheca e na Eslováquia.
No ano passado a família optou por um novo tipo de reabilitação: o programa Ski Dreams. “Alice começou a andar. Seus calcanhares, seu andar e seus movimentos ganharam firmeza. Os cursos não são exaustivos –é um exercício agradável e interessante. Alice, que está com 6 anos, espera com impaciência enorme pelo próximo treino. Ela confia profundamente nos instrutores e presta atenção ao que eles dizem”, fala sua mãe.
Segundo dados do Serviço Federal de Estatísticas russo, em 2015 havia 12,4 milhões de pessoas com deficiência física na Federação Russa, e o número de crianças com deficiências chegava a 604 mil. De acordo com várias estimativas, entre 4,2% e 4,7% das crianças russas nascem com paralisia cerebral e outras síndromes paralíticas.
Desenvolvido por uma organização autônoma e não comercial, o programa Ski Dreams dá aulas de esqui a adultos e crianças com deficiências físicas e mentais. “Esquiar com a assistência de instrutores qualificados e com programas e equipamentos criados especialmente permite que o processo de tratamento, reabilitação e socialização seja acelerado significativamente para todas as categorias de pessoas com limitações de saúde congênitas e adquiridas no espectro neurológico, a começar dos 3 anos de idade”, diz a coordenadora do programa, Julia Gerasimova.
Ekaterina Yudina é mãe de Leo Yudin, 13, de Izhevsk, que só começou a participar do programa em fevereiro deste ano. “Leo não vê ‘Ski Dreams’ como reabilitação”, ela disse. “Aqui a gente anda, brinca e se comunica. A reabilitação é imperceptível e indolor. Não é preciso convencê-lo a ir aos treinos. A cada vez percebemos que seus movimentos estão mais confiantes, suas costas estão mais retas e sua autoestima aumenta.”
De acordo com depoimentos da organização Ski Dreams, o programa melhora a condição dos participantes. Depois de duas ou três semanas de treinos, as funções motoras dos pacientes com paralisia cerebral infantil melhoram e crianças com problemas do espectro de autismo começam a comunicar-se ativamente com outros. Houve até casos de crianças com transtornos do espectro do autismo que não falavam, mas desenvolveram a fala.
O programa já recebeu o apoio do Centro Científico e Prático para a Reabilitação Médica e Social de Inválidos do Departamento de Proteção Social de Moscou, onde a avaliação científica do programa é feita sob a direção da médica Svetlana Olovets. Mas o projeto começou há apenas dois anos, em janeiro de 2014, quando o ator e apresentador de TV Sergey Belogolovtsev e sua mulher, a jornalista Natalya, criaram o Ski Dreams em Moscou.
Seu filho Evgeniy tem paralisia cerebral infantil há 26 anos e passou seus seis primeiros anos de vida sem andar. A família tentou vários métodos de reabilitação, incluindo um programa de esqui nos EUA que, inesperadamente, foi o que funcionou melhor. Existem programas de reabilitação de deficientes através do esqui há mais de 30 anos nos EUA, Canadá e Austrália, de modo que Sergey e Natalya Belogolovtsevi decidiram criar o primeiro projeto semelhante na Rússia.
“Nossa experiência mostra que os programas de reabilitação pela prática do esqui são especialmente eficazes com pessoas com deficiências do sistema musculoesquelético (paralisia cerebral infantil, consequências de traumas da espinha, lesões cerebrais), com autismo, síndrome de Down e também com deficiência visual ou auditiva parcial ou completa”, diz a organização.
O programa funciona hoje em 16 regiões da Rússia, de Moscou à república da Udmúrtia e da região de Ryazan a Krasnoyarsk Krai. Mais de 3.000 pessoas ao todo, dos 3 aos 62 anos de idade, já passaram pela reabilitação. Além dos programas de reabilitação propriamente ditos, o Ski Dreams treina voluntários e instrutores certificados. O programa é operado como franquia social: organização pública, a Ski Dreams prepara instrutores através de seus programas, manufatura equipamentos sob seu controle e vende esses equipamentos a estações de esqui, fazendo o monitoramento qualitativo e quantitativo dos serviços prestados.
Os pais pagam pelos programas pessoalmente, ou, em casos de falta de recursos, podem receber uma bolsa dos patrocinadores do programa, que são doadores privados e empresas comerciais. A companhia siberiana de energia à base de carvão, por exemplo, patrocinou a abertura de um centro especial de reabilitação na região de Kemerovo.
Em muitas cidades os projetos são patrocinados por estações de esqui. Em Moscou, duas sessões semanais custam cerca de 3.000 rublos (US$50) com um instrutor ou 6.000 rublos com dois instrutores. Em outras cidades e regiões os preços são mais baixos. A título de comparação, segundo a organização, um dia de tratamento no centro ambulatorial do Ministério do Desenvolvimento Social, em Moscou, sai por 5.000 rublos (US$75).
A coordenadora do programa, Julia Gerasimova, diz que o Ski Dreams está tentando obter verbas do governo. “Gostaríamos muito que o programa recebesse status médico, porque seu efeito é evidente e porque pode já ter sido prescrito em programas individuais de reabilitação”, diz Maria Tsvetkova, mãe de Alice, 6.
A organização pretende aumentar o número de centros e criar um sistema de análises médicas para medir a eficácia do programa, e o Ski Dreams está procurando novos recursos e investidores para ampliar o programa, criar novos métodos de reabilitação e aprimorar os já existentes. “A ausência de verbas específicas para o desenvolvimento de programas é um dos problemas mais prementes”, diz Julia Gerasimova. “Esperamos atrair a atenção de potenciais ‘anjos’ empresariais que possam ajudar com isso.”

Fonte: Vida Mais Livre

Turismo Rodoviário Sensorial: uma proposta de lazer acessível para pessoas cegas

Viagem piloto, com apoio da Fresp, levou pessoas com deficiência visual a cafezalViagem piloto, com apoio da Fresp, levou pessoas com deficiência visual a cafezal
Inclusão. Esta é a palavra-chave num novo segmento de roteiros rodoviários que a Fresp (Federação das Empresas de Transportes de Passageiros por Fretamento do Estado de São Paulo) incentiva. O piloto aconteceu no último dia 11/06, com uma viagem de ônibus baseada em Turismo rodoviário Sensorial – de São Paulo ao interior paulista, levando um grupo de cegos à roça. A experiência incluiu colher café e debulhar milho para moagem de fubá na fazenda sustentável Retiro Santo Antônio, em São Antônio do Jardim (distante cerca de 172 km da capital), e no conhecimento tátil de grãos, torra e degustação de cafés regionais na Cafeteria Loretto em Espírito Santo do Pinhal (a 7km da primeira parada). Os municípios, aos pés da serra da Mantiqueira, buscam otimizar roteiros de turismo rodoviário.
A ideia surgiu a partir do trabalho de conclusão de curso Técnico em Guia de Turismo da aluna do SENAC Aclimação, Audmara Veronese, com o tema “Ampliando Horizontes”. Veterana no voluntariado a pessoas cegas, ela desenvolveu um passeio de vivência para um grupo de cegos e pessoas com baixa visão ligadas a ong’s e à Fundação Dorina Nowill.
“O objetivo deste projeto é oferecer para as agências um serviço de guiamento baseado na audiodescrição em roteiros para turismo rodoviário sensorial, que irá proporcionar à pessoa com deficiência visual uma experiência singular – que vai além de acompanhar, orientar e transmitir informações. É um serviço inovador para agências de viagem, com a descrição detalhada do local que está sendo visitado”, explica a idealizadora. “A viagem inclusiva abre portas para novas iniciativas e atração de públicos especiais em roteiros já estabelecidos ou que estão se estabelecendo, oferecendo opções de qualidade a estes grupos, principalmente pela vivência”, defende a diretora executiva da Fresp, Regina Rocha, fazendo menção aos mais de seis milhões de pessoas com algum tipo de deficiência visual no país (Censo, 2010).
Pessoas com deficiência visual valorizam mais as informações através do tato e da audiçãoPessoas com deficiência visual valorizam mais as informações através do tato e da audição
Turismo Rodoviário Sensorial: a experiência
O grupo de 20 cegos, pessoas com baixa visão e seus acompanhantes não se intimidaram com o frio intenso da capital paulista e partiram para o interior cantando canções sertanejas para entrarem no clima. Como se trata de um público diferenciado e um projeto baseado na proposta do turismo rodoviário sensorial, até a descrição das condições e cores do céu tornaram a experiência única durante o trajeto de quase duas horas. Na chegada, boas-vindas com café e bolo de milho produzidos na fazenda, um imóvel de construções com pelo menos 65 anos. A experiência incluiu não só as visitas ao cafezal e moinho de pedra, mas também plantio de árvore pelos visitantes. Segunda parada, Espírito Santo do Pinhal – cidade com bom conjunto arquitetônico cafeeiro preservado – foi apresentada ao grupo pela Diretora de Turismo, Sandra Whitaker, que ressaltou a importância de tornar a história acessível a todos os públicos.
Sobre a Fresp
A Federação das Empresas de Transportes de Passageiros por Fretamento do Estado (Fresp) é uma entidade sindical de grau superior, constituída com o objetivo de agrupar, representar, coordenar, proteger e estimular o aprimoramento das atividades de transporte de passageiros por fretamento. Hoje a FRESP é composta por sete sindicatos: SETFRET, SINFRECAR, SINFREPASS, SINFRESAN, SINFRET, SINFREVALLE e TRANSFRETUR espalhados pelo Estado de São Paulo. Os sindicatos juntos congregam mais de 300 empresas de transporte profissional de pessoas por fretamento.

Fonte: Federação das Empresas de Transportes de Passageiros por Fretamento

Cadeira de rodas é controlada por expressões faciais

Projeto apoiado pelo programa PIPE-FAPESP pretende adaptar a tecnologia, ainda experimental e de alto custo, para torná-la mais acessível e colocá-la no mercado

Uma cadeira de rodas que pode ser controlada por pequenos movimentos da face, da cabeça ou da íris foi desenvolvida por pesquisadores da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação da Universidade Estadual de Campinas (FEEC/Unicamp).
O equipamento ainda é considerado experimental e de alto custo. Porém, um projeto aprovado recentemente pelo Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), da FAPESP, tem como objetivo adaptar a tecnologia para torná-la mais acessível e colocá-la no mercado brasileiro dentro de dois anos.
“Nosso objetivo é que o produto final custe no máximo o dobro de uma cadeira motorizada comum, dessas que são controladas por joystick e hoje custam em torno de R$ 7 mil”, disse o professor da FEEC/Unicamp Eleri Cardozo, que apresentou resultados da pesquisa durante o 3rd BRAINN Congress, realizado em Campinas de 11 a 13 de abril de 2016.
Segundo Cardozo, a tecnologia poderá beneficiar pessoas com tetraplegia, vítimas de acidente vascular cerebral (AVC), portadores de esclerose lateral amiotrófica ou outras condições de saúde que impedem o movimento preciso das mãos.
O trabalho, iniciado em 2011, contou inicialmente com apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e hoje é desenvolvido no âmbito do Instituto de Pesquisa sobre Neurociências e Neurotecnologia (BRAINN), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) apoiado pela FAPESP.
“Nosso grupo estudava técnicas de interface cérebro-computador (BCI, na sigla em inglês, métodos de aquisição e processamento de sinais que permitem a comunicação entre o cérebro e um dispositivo externo) e achamos que seria interessante avaliar a tecnologia em uma situação real”, contou Cardozo.
O grupo então adquiriu uma cadeira motorizada convencional, retirou o joystick e a equipou com diversos dispositivos normalmente encontrados em robôs, como sensores capazes de medir a distância de paredes e de outros objetos ou detectar diferenças de profundidade no piso.
O protótipo também foi equipado com um notebook que envia os comandos diretamente para a cadeira e com uma câmera 3D com a tecnologia RealSense, da Intel, que permite interagir com o computador por meio de expressões faciais ou movimentos corporais.
“A câmera identifica mais de 70 pontos da face – em torno da boca, do nariz e dos olhos – e, a partir da movimentação desses pontos, é possível extrair comandos simples, como ir para frente, para trás, para a esquerda ou direita e, o mais importante, parar”, explicou Cardozo.
Também é possível interagir com o computador por meio de comandos de voz, mas essa tecnologia é considerada menos confiável que as expressões faciais por causa das diferenças de timbre e da possível interferência de ruído ambiente.
“Essas limitações podem ser contornadas com a definição de um número reduzido de comandos e com uma função de treinamento incorporada ao software que otimiza a identificação dos comandos para um usuário específico”, disse Cardozo.
Pensando em pacientes com quadros ainda mais graves – que impedem até mesmo a movimentação facial – o grupo também trabalha em uma tecnologia de BCI que permite extrair sinais diretamente do cérebro, por meio de eletrodos externos, e transformá-los em comandos. O equipamento, no entanto, ainda não está embarcado na cadeira robotizada.
“Fizemos demonstrações em que uma pessoa fica sentada na cadeira e outra sentada próximo a uma mesa usando o capacete com os eletrodos e controlando a cadeira. Antes de embarcar o equipamento de BCI na cadeira precisamos solucionar algumas limitações, como a alimentação de energia. Ainda é uma tecnologia muito cara, mas está saindo uma nova geração de baixo custo, na qual o capacete pode ser impresso em 3D”, disse Cardozo.
A cadeira também foi equipada como uma antena wifi que permite a um cuidador dirigir o equipamento remotamente, pela internet. “Essas interfaces exigem do usuário um nível de concentração que pode ser cansativo. Por isso, se houver necessidade, a qualquer momento outra pessoa pode assumir o comando da cadeira”, contou Cardozo.
Dentre as metodologias já testadas pela equipe da Unicamp, a interface baseada em captura e processamento de expressões faciais tem se mostrado a mais promissora no curto prazo e, portanto, será o foco do projeto desenvolvido no âmbito do programa PIPE sob a coordenação do pesquisador Paulo Gurgel Pinheiro. Para isso, o grupo criou a startupHOO.BOX Robotics.
“A empresa é um spin-off do meu pós-doutorado, cujo objetivo era desenvolver interfaces para dirigir uma cadeira de rodas com o mínimo de esforço possível do usuário. Inicialmente testamos sensores capazes de captar contrações dos músculos da face, depois evoluímos para tecnologias de imagem capazes de captar expressões faciais sem a necessidade de sensores”, contou Pinheiro.
Em vez de criar uma cadeira robotizada, como é o caso do protótipo da Unicamp, o grupo pretende, para reduzir o custo, desenvolver um software e uma minigarra mecânica que poderiam ser implantados em qualquer cadeira motorizada com joystick já existente no mercado.
“Nossa ideia é que o usuário possa baixar o software que fará o processamento das expressões faciais em seu notebook. O computador ficará conectado a essa minigarra por meio de uma porta USB. Quando ele fizer as expressões-chave, como um beijo, um meio sorriso, franzir o nariz, inflar as bochechas ou levantar as sobrancelhas, o software manda o comando para a garra e essa movimenta o joystick. Dessa forma, não mexemos na estrutura da cadeira e ela não perde a garantia”, explicou Pinheiro.
O pesquisador estima que um protótipo do sistema, batizado de Wheelie, estará pronto até o início de 2017. Dois desafios deverão ser vencidos nesse período: melhorar a classificação das expressões faciais, de modo a evitar que a interpretação dos sinais fique prejudicada por diferenças na iluminação ambiente, e garantir que apenas as expressões faciais do usuário da cadeira sejam capturadas quando houver outras pessoas próximas.
“A tecnologia também poderá, no futuro, ajudar na recuperação de pessoas que sofreram AVC ou outro tipo de lesão cerebral, pois o paciente poderá observar o avanço na realização de movimentos e ficará mais motivado a seguir o tratamento”, disse Pinheiro.
Fonte: FAPESP

Passaportes passarão a ter recursos de acessibilidade

Medida busca adequar o Sistema Nacional de Passaportes ao Estatuto da Pessoa com Deficiência

Passaportes com recursos de acessibilidade a pessoas com deficiência começou a ser emitidos nesta sexta-feira (4). Entre as novas facilidades, destacam-se formulários de requerimento, agendamento, reagendamento e consulta de solicitação de passaportes adaptados, com ferramentas que facilitam a inclusão social. A novidade é resultado de parceria entre Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) e a Polícia Federal.
O Sistema Nacional de Passaportes (Sinpa) precisou ser submetido a alterações, de modo a adequá-lo de acordo com o Estatuto da Pessoa com Deficiência. Houve reconstrução completa do site do Sinpa para facilitar a navegação.
As alterações incluem links e teclas de atalho para acesso ao conteúdo, topo e fim de página; compatibilidade com leitores de tela; adaptação para navegação via teclado; uso de cores com contraste entre cor da fonte e cor do fundo; além de possibilidade de uso de alto contraste.
O desenvolvimento do sistema contou com voluntários portadores de deficiência visual (cegos e pessoas com baixa visão) selecionados pelo Serpro e pelo Projeto de Acessibilidade Virtual do Instituto Federal do Rio Grande do Sul para avaliarem as mudanças.
Segundo o delegado da PF Alexandre Rabelo Patury, coordenador-geral em exercício de Polícia de Imigração, “a interação entre os órgãos federais foi fundamental para possibilitar a criação de ferramentas voltadas à inclusão social e a melhoria do atendimento à população”.
Fonte: Portal Brasil
Publicada no Blog Turismo Adaptado

Estudantes da UNIFEV vencem Olimpíada de Tecnologia Assistiva

Universitários dos cursos de Engenharia Eletrônica e Matemática desenvolveram um triciclo elétrico destinado a pessoas pessoas com deficiência física

Uma equipe formada por estudantes da UNIFEV venceu, no último sábado a 1ª Olimpíada de Tecnologia Assistiva para Mobilidade – Veículos Elétricos, promovida pelo Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia (IFSP) de Votuporanga.

Sob a orientação do Prof. Esp. Renato Ferrari da Costa, os estudantes Heitor Salvioni Tofoli, Hemicharly Thiago da Silva Moreira, Thullio Silva Borges (8° período de Engenharia Eletrônica), Filipe Wakayama (10° período de Engenharia Eletrônica) e Willian Moreira dos Santos (4°período de Matemática) desenvolveram um triciclo elétrico com características e tecnologias destinadas a favorecer a locomoção de pessoas portadoras de necessidades especiais.

O evento contou com sete equipes, sendo cinco do IFSP de várias regiões do estado, uma da UNESP de Ilha Solteira e uma da UNIFEV. As provas pelas quais passaram os triciclos levaram em conta percurso, segurança, velocidade e força dos veículos. Na ocasião, o Centro Universitário de Votuporanga foi o vencedor, conquistando, além do troféu de primeiro lugar, uma premiação em dinheiro.

De acordo com o coordenador das graduações em Engenharia Elétrica e Eletrônica da UNIFEV, Prof. Esp. Nelson Bueno Assumpção, os alunos campeões iniciaram seus trabalhos em abril de 2015.

“Os universitários desenvolveram tecnologias e procedimentos próprios para que o triciclo estivesse dentro das especificações publicadas no edital da competição, oferecendo desempenho e segurança ao usuário. Parabenizo o professor Renato e a sua equipe pela motivação na competição e por elevar, ainda mais, o nome da Instituição na comunidade acadêmica. Essa conquista atesta a qualidade de ensino oferecida pela UNIFEV”, finalizou.

ITS BRASIL – EDITAL Nº 005/2015 EDITAL DE SELEÇÃO DE TUTORES PARA CURSO A DISTÂNCIA DE EMPREDO APOIADO

O Instituto de Tecnologia Social – ITS BRASIL, em atendimento ao TERMO DE COMPROMISSO SIPAR 25000.160707/2014-17 – junto ao Ministério da Saúde, torna pública a realização do processo seletivo simplificado para contratação de prestadores de serviços profissionais, pessoas físicas autônomas (MEI), para serviços deTUTORIA DE CURSO A DISTÂNCIA, atinentes à Linha 1 do Projeto de “CAPACITAÇÃO E TREINAMENTO DE EMPREGO APOIADo PARA INSERÇÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA NO MERCADO DE TRABALHO COMPETITIVO”, no âmbito do PROGRAMA NACIONAL DE APOIO À ATENÇÃO À SAÚDE À PESSOA COM DEFICIÊNCIA (PRONAS/PCD) e aplicabilidade no Município de SÃO PAULO.

Confira o edital completo:
Link: https://goo.gl/lO2TDR

Nova bengala para cegos detecta obstáculos que causam todos os anos centenas de acidentes

Portugal

bengala-eletronica

Uma bengala que utiliza ultrassons para detectar buracos e declives com o objetivo de ajudar pessoas com deficiência visual está a ser desenvolvida na Universidade de Aveiro (UA).

A bengala, já em fase de protótipo, produz vibrações no punho avisando com isso o utilizador que se aproxima, por exemplo, de uma escadaria ou de um buraco no pavimento.

O projeto nasceu no Departamento de Electrónica, Telecomunicações e Informática (DETI) como resposta a um desafio lançado à academia de Aveiro pela Associação Promotora do Ensino dos Cegos (APEC) que quer acabar com as centenas de acidentes sofridos anualmente pela população invisual portuguesa, muitos dos quais com consequências graves, derivados dos obstáculos indetectáveis com uma normal bengala.

«A bengala desenvolvida na UA é, sem qualquer dúvida, uma grande ajuda para as pessoas com deficiência visual porque dá muito mais informação do que as bengalas existentes», congratula-se Victor Graça, presidente da APEC.

O responsável pela associação mais antiga dedicada aos cegos portugueses (foi fundada em 1888) aponta que os avisos lançados pela bengala para a existência de obstáculos ao nível do chão «são uma grande mais-valia para esta população», «Dado que a informação possível de obter com esta bengala são muito maiores do que a que é possível obter com as que atualmente existem no mercado, quanto mais informação a pessoa cega ou amblíope tiver menos acidentes existem», aponta Victor Graça lembrando que as barreiras abundam por todo o país: «Basta pensarmos, por exemplo, na enorme quantidade de carros estacionados em cima do passeio, nas esplanadas, nos buracos, nas obras não sinalizadas ou nos caixotes do lixo.»

Para já, os obstáculos suspensos ao nível da cabeça do utilizador não são ainda detectados pelo protótipo do DETI. No entanto, essa funcionalidade será objeto de futuros desenvolvimentos. A expectativa dos investigadores da UA é também criarem um produto acessível com um preço que ronde os 100 euros. «O custo das que se fabricam no estrangeiro [com funcionalidades similares] são vendidas no nosso país por um valor que as pessoas com deficiência por norma não conseguem pagar de modo nenhum», diz Victor Graça salientando o preço mais acessível da bengala da UA como outra das grandes vantagens do projeto.

«Esta bengala ganhou forma por solicitação da APEC que nos propôs o desenvolvimento de uma bengala que reduzisse duas das principais necessidades de quem as utiliza: a detecção de buracos e desníveis no chão e a detecção de obstáculos ao nível da cabeça», lembra José Vieira, investigador do DETI e coordenador do projeto que contou com a participação dos estudantes Nuno Dias e o Pedro Rosa.

Outro requisito apontado pela APEC foi a colocação na bengala de LEDs de alto brilho que sinalizem a presença da pessoa com deficiência visual ao anoitecer e de forma automática, funcionalidade já implementada pelos investigadores do DETI. «Também está pensado o desenvolvimento de uns óculos com sensores de ultrassons e de um alto-falante paramétrico para a detecção de obstáculos”. “No entanto, estes dispositivos ainda estão num estado embrionário de desenvolvimento», aponta José Vieira.

A bengala do DETi tem incorporado um emissor de ultrassons que envia um sinal que é refletido pelo solo. Dois receptores de ultrassons detectam o eco e medem o tempo entre a emissão e a recepção. A partir deste tempo consegue-se saber a distância ao solo. Quando esta ultrapassa um determinado valor, o punho da bengala vibra. «A electrónica utilizada é de ultrabaixo consumo de modo a prolongar ao máximo a duração das baterias», explica José Vieira lembrando que «numa primeira versão incluiu-se uma célula fotovoltaica para prolongar a duração das baterias».
Atualmente, no mercado, já existem bengalas que utilizam ultrassons para a detecção de obstáculos, mas a adesão é nula. Os motivos apontam José Vieira e a própria APEC, prendem-se com a «pouca fiabilidade na detecção de obstáculos e o preço elevado». O facto de não serem articuláveis também em nada ajuda à respectiva adopção.

Jorge Anjos, funcionário da UA e invisual, a pedido do DETI já experimentou a bengala e tem ajudado os investigadores a melhorá-la. «“ Os primeiros passos estão dados ““. Agora é “preciso não parar», aponta.

Para o futuro próximo, Jorge Anjos já alertou os investigadores para a necessidade da bengala «poder ser articulada para quando um cego necessitar de dobrá-la, que os sensores [instalados na extremidade da bengala que perscruta o chão] devem estar colocados de forma a que o utilizador possa executar normalmente as técnicas de manuseamento da bengala e, já agora, que possam também identificar obstáculos em altura». Melhorias que a equipa de José Vieira já está a programar.

Fonte: diariodigital.sapo.pt