Taxis acessíveis com rampa proporcionam maior praticidade

A rampa instalada no veículo facilita o acesso, ao invés da demora de uma plataforma elétrica ou o incômodo de ser carregado
Os veículos WAV (Wheelchair Accessible Vehicle) da Italmobility são projetados respeitando os requisitos internacionais de segurança utilizados no setor automotivo. As adaptações dos veículos são projetadas com rígidos critérios pelo nosso time de engenheiros, testadas através de severos controle e compartilhadas com as casas montadoras.
Tudo isso para garantir a segurança e a qualidade dos veículos de serie. A SPIN WAV mantém as característica de um veículo comum e resguarda a privacidade das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Ideal para família ou para serviço de táxi acessível. Graças ao kit de rebaixamento do piso projetado e produzido pela Italmobility, a SPIN WAV garante um amplo e confortável espaço interno para o cadeirante e para os outros passageiros, assegurando uma viagem em um ambiente confortável e ergonômico.
SEGURANÇA E CONFORTO
As operações de ancoragem da cadeira de rodas e do cadeirante são rápidas e simples. São utilizados dois retratores elétricos anteriores com dispositivo de retenção que evita o retorno da cadeira no momento do embarque, dois retratores manuais posteriores e o cinto de segurança de três pontos.
Os bancos rebatíveis são dobrados somente se houver um passageiro com cadeira de rodasCintos de segurança para a cadeira de rodas e o passageiroOs bancos rebatíveis são dobrados somente se houver um passageiro com cadeira de rodas. Cintos de segurança para a cadeira de rodas e o passageiro.
VERSATILIDADE
Os bancos reclináveis traseiros podem ser reposicionados com extrema facilidade no momento que não tem cadeirante a bordo do veiculo mantendo, dessa forma, a configuração original de fábrica para cinco ocupantes .
ELEGÂNCIA E DESIGN
Luzes de led, compartimentos extra para objetos, revestimentos em plástico ABS, enriquecem a transformação da Chevrolet SPIN com Piso Rebaixado, oferecendo um ambiente de viagem confortável e refinado. Italmobility realiza produtos e componentes de vanguarda para superar os limites dos automóveis, incorporando a cura do design e a tecnologia italiana com a paixão e a criatividade brasileira .

Fonte: Italmobility

Pessoas com deficiência auditivas são atendidas pelo correio

Surdos têm, agora, um novo canal de comunicação na Central de Atendimento dos Correios. A empresa disponibilizou um número telefônico exclusivo que vai atender chamadas feitas a partir de um Terminal Telefônico Para Surdos.
Esse aparelho tem um teclado que permite à pessoa com deficiência auditiva ou da fala digitar uma mensagem de texto para o destinatário e, assim, se comunicar com outras pessoas.
A intenção é permitir que surdos e mudos tenham acesso a informações sobre produtos e serviços e possam registrar manifestações. O novo canal funciona das 8 horas da manhã até às 8 da noite, de segunda a sexta-feira.
E aos sábados, das 8 às 2 horas da tarde. Não há atendimento aos domingos e feriados. Quem quiser usar o serviço, pode ligar no número 0800 725 0898.De acordo com o último censo do IBGE, há cerca de 10 milhões de deficientes auditivos no Brasil.

Fonte: Portal do Governo

Norma Piso tátil

saiu a norma que regulamenta a instalação de piso tátil, a NBR 16537.
Baixe aqui:
https://t.co/cRzbf05qv2

Fonte: Portal IG

Na Rússia, reabilitação com esqui ajuda pessoas com deficiência

Segundo dados do Serviço Federal de Estatísticas russo, em 2015 havia 12,4 milhões de pessoas com deficiência física na Federação Russa

Os programas Ski Dreams (Sonhos de Esqui) integram a reabilitação de crianças e adultos com deficiência. Com auxílio de instrutores experientes, pessoas que antes sequer podiam andar, aprenderam a esquiar, na Rússia.
A reabilitação e socialização de pessoas com deficiências é um problema agudo no país, o que torna o projeto é realmente singular. Quando sua filha Alice recebeu o diagnóstico de paralisia cerebral infantil, Maria Tsvetkova passou a “literalmente viver em hospitais” de Moscou, além de frequentar cursos de reabilitação na República Tcheca e na Eslováquia.
No ano passado a família optou por um novo tipo de reabilitação: o programa Ski Dreams. “Alice começou a andar. Seus calcanhares, seu andar e seus movimentos ganharam firmeza. Os cursos não são exaustivos –é um exercício agradável e interessante. Alice, que está com 6 anos, espera com impaciência enorme pelo próximo treino. Ela confia profundamente nos instrutores e presta atenção ao que eles dizem”, fala sua mãe.
Segundo dados do Serviço Federal de Estatísticas russo, em 2015 havia 12,4 milhões de pessoas com deficiência física na Federação Russa, e o número de crianças com deficiências chegava a 604 mil. De acordo com várias estimativas, entre 4,2% e 4,7% das crianças russas nascem com paralisia cerebral e outras síndromes paralíticas.
Desenvolvido por uma organização autônoma e não comercial, o programa Ski Dreams dá aulas de esqui a adultos e crianças com deficiências físicas e mentais. “Esquiar com a assistência de instrutores qualificados e com programas e equipamentos criados especialmente permite que o processo de tratamento, reabilitação e socialização seja acelerado significativamente para todas as categorias de pessoas com limitações de saúde congênitas e adquiridas no espectro neurológico, a começar dos 3 anos de idade”, diz a coordenadora do programa, Julia Gerasimova.
Ekaterina Yudina é mãe de Leo Yudin, 13, de Izhevsk, que só começou a participar do programa em fevereiro deste ano. “Leo não vê ‘Ski Dreams’ como reabilitação”, ela disse. “Aqui a gente anda, brinca e se comunica. A reabilitação é imperceptível e indolor. Não é preciso convencê-lo a ir aos treinos. A cada vez percebemos que seus movimentos estão mais confiantes, suas costas estão mais retas e sua autoestima aumenta.”
De acordo com depoimentos da organização Ski Dreams, o programa melhora a condição dos participantes. Depois de duas ou três semanas de treinos, as funções motoras dos pacientes com paralisia cerebral infantil melhoram e crianças com problemas do espectro de autismo começam a comunicar-se ativamente com outros. Houve até casos de crianças com transtornos do espectro do autismo que não falavam, mas desenvolveram a fala.
O programa já recebeu o apoio do Centro Científico e Prático para a Reabilitação Médica e Social de Inválidos do Departamento de Proteção Social de Moscou, onde a avaliação científica do programa é feita sob a direção da médica Svetlana Olovets. Mas o projeto começou há apenas dois anos, em janeiro de 2014, quando o ator e apresentador de TV Sergey Belogolovtsev e sua mulher, a jornalista Natalya, criaram o Ski Dreams em Moscou.
Seu filho Evgeniy tem paralisia cerebral infantil há 26 anos e passou seus seis primeiros anos de vida sem andar. A família tentou vários métodos de reabilitação, incluindo um programa de esqui nos EUA que, inesperadamente, foi o que funcionou melhor. Existem programas de reabilitação de deficientes através do esqui há mais de 30 anos nos EUA, Canadá e Austrália, de modo que Sergey e Natalya Belogolovtsevi decidiram criar o primeiro projeto semelhante na Rússia.
“Nossa experiência mostra que os programas de reabilitação pela prática do esqui são especialmente eficazes com pessoas com deficiências do sistema musculoesquelético (paralisia cerebral infantil, consequências de traumas da espinha, lesões cerebrais), com autismo, síndrome de Down e também com deficiência visual ou auditiva parcial ou completa”, diz a organização.
O programa funciona hoje em 16 regiões da Rússia, de Moscou à república da Udmúrtia e da região de Ryazan a Krasnoyarsk Krai. Mais de 3.000 pessoas ao todo, dos 3 aos 62 anos de idade, já passaram pela reabilitação. Além dos programas de reabilitação propriamente ditos, o Ski Dreams treina voluntários e instrutores certificados. O programa é operado como franquia social: organização pública, a Ski Dreams prepara instrutores através de seus programas, manufatura equipamentos sob seu controle e vende esses equipamentos a estações de esqui, fazendo o monitoramento qualitativo e quantitativo dos serviços prestados.
Os pais pagam pelos programas pessoalmente, ou, em casos de falta de recursos, podem receber uma bolsa dos patrocinadores do programa, que são doadores privados e empresas comerciais. A companhia siberiana de energia à base de carvão, por exemplo, patrocinou a abertura de um centro especial de reabilitação na região de Kemerovo.
Em muitas cidades os projetos são patrocinados por estações de esqui. Em Moscou, duas sessões semanais custam cerca de 3.000 rublos (US$50) com um instrutor ou 6.000 rublos com dois instrutores. Em outras cidades e regiões os preços são mais baixos. A título de comparação, segundo a organização, um dia de tratamento no centro ambulatorial do Ministério do Desenvolvimento Social, em Moscou, sai por 5.000 rublos (US$75).
A coordenadora do programa, Julia Gerasimova, diz que o Ski Dreams está tentando obter verbas do governo. “Gostaríamos muito que o programa recebesse status médico, porque seu efeito é evidente e porque pode já ter sido prescrito em programas individuais de reabilitação”, diz Maria Tsvetkova, mãe de Alice, 6.
A organização pretende aumentar o número de centros e criar um sistema de análises médicas para medir a eficácia do programa, e o Ski Dreams está procurando novos recursos e investidores para ampliar o programa, criar novos métodos de reabilitação e aprimorar os já existentes. “A ausência de verbas específicas para o desenvolvimento de programas é um dos problemas mais prementes”, diz Julia Gerasimova. “Esperamos atrair a atenção de potenciais ‘anjos’ empresariais que possam ajudar com isso.”

Fonte: Vida Mais Livre

Turismo Rodoviário Sensorial: uma proposta de lazer acessível para pessoas cegas

Viagem piloto, com apoio da Fresp, levou pessoas com deficiência visual a cafezalViagem piloto, com apoio da Fresp, levou pessoas com deficiência visual a cafezal
Inclusão. Esta é a palavra-chave num novo segmento de roteiros rodoviários que a Fresp (Federação das Empresas de Transportes de Passageiros por Fretamento do Estado de São Paulo) incentiva. O piloto aconteceu no último dia 11/06, com uma viagem de ônibus baseada em Turismo rodoviário Sensorial – de São Paulo ao interior paulista, levando um grupo de cegos à roça. A experiência incluiu colher café e debulhar milho para moagem de fubá na fazenda sustentável Retiro Santo Antônio, em São Antônio do Jardim (distante cerca de 172 km da capital), e no conhecimento tátil de grãos, torra e degustação de cafés regionais na Cafeteria Loretto em Espírito Santo do Pinhal (a 7km da primeira parada). Os municípios, aos pés da serra da Mantiqueira, buscam otimizar roteiros de turismo rodoviário.
A ideia surgiu a partir do trabalho de conclusão de curso Técnico em Guia de Turismo da aluna do SENAC Aclimação, Audmara Veronese, com o tema “Ampliando Horizontes”. Veterana no voluntariado a pessoas cegas, ela desenvolveu um passeio de vivência para um grupo de cegos e pessoas com baixa visão ligadas a ong’s e à Fundação Dorina Nowill.
“O objetivo deste projeto é oferecer para as agências um serviço de guiamento baseado na audiodescrição em roteiros para turismo rodoviário sensorial, que irá proporcionar à pessoa com deficiência visual uma experiência singular – que vai além de acompanhar, orientar e transmitir informações. É um serviço inovador para agências de viagem, com a descrição detalhada do local que está sendo visitado”, explica a idealizadora. “A viagem inclusiva abre portas para novas iniciativas e atração de públicos especiais em roteiros já estabelecidos ou que estão se estabelecendo, oferecendo opções de qualidade a estes grupos, principalmente pela vivência”, defende a diretora executiva da Fresp, Regina Rocha, fazendo menção aos mais de seis milhões de pessoas com algum tipo de deficiência visual no país (Censo, 2010).
Pessoas com deficiência visual valorizam mais as informações através do tato e da audiçãoPessoas com deficiência visual valorizam mais as informações através do tato e da audição
Turismo Rodoviário Sensorial: a experiência
O grupo de 20 cegos, pessoas com baixa visão e seus acompanhantes não se intimidaram com o frio intenso da capital paulista e partiram para o interior cantando canções sertanejas para entrarem no clima. Como se trata de um público diferenciado e um projeto baseado na proposta do turismo rodoviário sensorial, até a descrição das condições e cores do céu tornaram a experiência única durante o trajeto de quase duas horas. Na chegada, boas-vindas com café e bolo de milho produzidos na fazenda, um imóvel de construções com pelo menos 65 anos. A experiência incluiu não só as visitas ao cafezal e moinho de pedra, mas também plantio de árvore pelos visitantes. Segunda parada, Espírito Santo do Pinhal – cidade com bom conjunto arquitetônico cafeeiro preservado – foi apresentada ao grupo pela Diretora de Turismo, Sandra Whitaker, que ressaltou a importância de tornar a história acessível a todos os públicos.
Sobre a Fresp
A Federação das Empresas de Transportes de Passageiros por Fretamento do Estado (Fresp) é uma entidade sindical de grau superior, constituída com o objetivo de agrupar, representar, coordenar, proteger e estimular o aprimoramento das atividades de transporte de passageiros por fretamento. Hoje a FRESP é composta por sete sindicatos: SETFRET, SINFRECAR, SINFREPASS, SINFRESAN, SINFRET, SINFREVALLE e TRANSFRETUR espalhados pelo Estado de São Paulo. Os sindicatos juntos congregam mais de 300 empresas de transporte profissional de pessoas por fretamento.

Fonte: Federação das Empresas de Transportes de Passageiros por Fretamento

Engenharia de Tecnologia Assistiva

Assista o Vídeo do CREA de Minas Gerais
engenharia_TA
(Imagem de uma pessoa com deficiência sendo transportada em uma cadeira de rodas customizada segundo suas necessidades.)
http://www.galvaofilho.net/noticias/engenharia_TA.htm

Inovação: grandes empresas se unem para criar tecnologias de acessibilidade

Empresas de peso como Facebook, Yahoo!, Microsoft e Dropbox estão se
unindo em prol de algo em comum: o desenvolvimento de mais tecnologias
destinadas às pessoas com diferentes tipos de deficiências. Juntas,
essas companhias e demais parceiros do ramo de educação, como as
universidades de Stanford e Carnegie Mellon, criaram um grupo chamado
Teaching Accessibility (ou, em português, Ensinando Acessibilidade).

O objetivo é desenvolver tecnologias que qualquer um pode usar, com
modelos de treinamento e ensino para jovens estudantes programarem
experiências acessíveis. O grupo analisará interações entre o homem e
o computador, engenharias de educação e conceitos de design que
atendam a populações diferentes, com pessoas com deficiência em mente.

Um momento histórico e importante

O anúncio do Teaching Accessibility coincide com o vigésimo quinto
aniversário do Ato de Americanos com Deficiências, assinado pelo
ex-presidente George Bush em 1990 e que garante benefícios a essa
parcela da população. De acordo com publicação do Teaching
Accessibility, estudantes de diferentes campos do conhecimento
precisam aprender a criar tecnologias que sejam verdadeiramente
inclusivas aos mais variados tipos de deficientes.

“A acessibilidade deve ser tornar algo popular, pois só assim as
tecnologias atingirão o verdadeiro potencial de conectar todo mundo”,
diz um anúncio do grupo. Empresas como Google, Apple e IBM também
estão reunindo esforços para fazer com que seus produtos sejam mais
inclusivos a todos. Esperamos que bons frutos saiam das parcerias
entre as empresas do Teaching Accessibility.

Fonte: Venture Beat

Estudantes baianos criam bengala automática de baixo custo para cegos

O projeto, que surgiu em um grupo de pesquisa do Ifba, concorre a prêmio na
Campus Party. Ideia é comercializar a bengala com preços acessíveis

Já imaginou se um cego pudesse andar pela cidade com uma
bengala que lhe impedisse de esbarrar em objetos apenas com uma vibração? Um
grupo de estudantes do Instituto Federal da Bahia (Ifba) desenvolveu ao
longo de oito meses um projeto voltado para ajudar pessoas com necessidades
visuais específicas.

A ideia partiu do professor Justino Medeiros que, junto com três integrantes
do Grupo de Pesquisa de Sistemas de Automação e Mecatrônica (GSAM), elaborou
a Bengala Automatizada para Detecção de Obstáculos. O segundo protótipo da
ferramenta foi um dos projetos selecionados para exibição na Campus Future,
que faz parte da quarta edição da Campus Party Recife.

O objetivo do evento é exibir ao público em geral projetos inovadores e
criativos desenvolvidos nas universidades brasileiras em diversas áreas.
O projeto dos estudantes do Ifba também concorre a uma premiação no final da
Campus Party, que encerrou no dia (26).

A proposta da criação da bengala surgiu a partir da convivência com
deficientes visuais no próprio local de estudo. “Nós vimos uma demanda no
Ifba”, relembra o estudante de engenharia elétrica Victor Ben-Hur Araújo, de
23 anos, em entrevista ao CORREIO durante o segundo dia evento (24).

“Lá existe um núcleo de deficientes visuais, auditivos e motores que estudam
normalmente, assistem aula com a gente. Nós vemos diariamente alguns alunos
deficientes visuais trafegando pela instituição e o professor Justino chegou
com essa ideia para facilitar o dia-a-dia deles”.

Bengala automizada tem três sensores e
deverá custar cerca de R$ 300.

O grupo, que ainda conta com o estudante de engenharia mecânica Eric Pessoa
e Larissa Assis, aluna do curso técnico de automação do Ifba, determinou que
a ferramenta contaria com quatro sensores que alertariam o seu usuário da
proximidade e localização de um obstáculo nas imediações.

“Decidimos que a detecção dos objetos se daria através de sensores separados
por zonas – a esquerda, a direita, a central e superior”, disse Victor.
“Essa detecção é feita e processada em uma plataforma chamada Arduino”,
explica.

Este tipo de plataforma é de hardware livre, ou seja, gratuito, e permite a
criação de ferramentas acessíveis, de baixo custo e fáceis de serem
utilizadas e customizadas. “O controle é feito ali [no Arduino] e passado
para os motores de vibração, que ficam na luva da bengala”.

O objetivo geral do produto, segundo o estudante baiano, é desenvolver um
instrumento de baixo custo que seja acessível à população de deficientes
visuais. “Queremos dar para eles uma ferramenta a mais, de tecnologia
assistiva, que só acrescente aos sentidos que eles já usam.
Com a bengala eles terão um acréscimo, um objeto eletrônico que lhe propicie
uma segurança maior nas ruas”.

O diferencial da bengala desenvolvida pelos pesquisadores baianos vai além
do uso de quatro sensores – dois a mais do que o utilizado por Carlos Solon
Guimarães, brasileiro que desenvolveu um protótipo com dois sensores como
trabalho de conclusão de curso de uma universidade no Rio Grande do Sul, em
2011.

O instrumento informa ao usuário em que lado o obstáculo se localiza, e se
ele está localizado acima do tronco da pessoa. “A detecção na parte da face,
por exemplo, evita o risco de colisões com orelhões ou outros objetos que
estejam fora do alcance tátil dele”, comenta Victor Araújo.

“O motor da direita informa que o objeto está daquele lado, e na esquerda o
oposto. O motor que está localizado na palma corresponde ao centro – ou
seja, o obstáculo está na frente da pessoa. E quando ele está na parte
superior, todos os motores vão vibrar ao mesmo tempo”, exemplificou.

Além da localização, a bengala dos estudantes do Ifba também alerta sobre a
proximidades do objeto. Quanto mais próximo o usuário esteja do obstáculo,
mais forte será essa vibração. O protótipo atual detecta objetos na região
inferior com até 70 cm de distância da pessoa, enquanto objetos na região
superior e da cabeça conseguem ser percebidos com até 1,10 metro de
distância.

Ainda segundo o estudante de engenharia elétrica, essas percepções podem ser
ajustadas de acordo com a necessidade do cliente, que pode escolher diminuir
a distância em que os alertas poderão ser feitos. A perspectiva é de que a
bengala custe em torno de R$ 300.

O projeto está encerrando a sua primeira fase após oito meses de pesquisas e
desenvolvimento. “Já apresentamos a bengala em um fórum mundial, e vamos
para outro congresso em Aracaju para apresentá-la também. Queremos
transformar isso em produto e colocá-la no mercado assim que possível”,
garante Victor.

Os estudantes estão planejando transformar o protótipo em uma startup a
partir do próximo mês. Com o lançamento do produto, que está previsto para
acontecer até o final deste ano, a rotina dos deficientes visuais pode se.

Niki reinventa o zíper e cria tênis para pessoas com deficiência

O tênis que usa o Flyease é aberto como se fosse uma laranja. Há um zíper que vai de um canto a outro e, no final, se conecta a um velcro que faz o resto do trabalho.

Graças a um episódio que começou há sete anos, a Nike está desenvolvendo tênis que podem ser calçados e ajustados com apenas uma mão, o que vai facilitar a vida de pessoas com mobilidade reduzida. E a empresa fez isso reinventando o zíper.

Tudo começou quando Jeff Johnson, que havia sido o primeiro funcionário da Nike, sofreu um acidente vascular cerebral e perdeu a articulação da mão direita. Mark Parker, o CEO da empresa, acionou o diretor de inovações atléticas, Tobie Hatfield, e pediu que ele desenvolvesse um calçado que pudesse ser usado pelo ex-companheiro. O resultado foi um modelo com duas tiras de velcro cruzadas que Johnson poderia usar durante sua recuperação.

O caso ficou dormente até 2012, quando Parker acionou Hatfield outra vez, desta vez para atender um garoto de 16 anos que vivia em Miami. Matthew Walzer, que teve paralisia cerebral, era fanático pela Nike e escreveu em seu blog que os tênis da marca eram melhores que os calçados ortopédicos, pois não causam bolhas por manter pernas e pés estabilizados. O problema é que ele não conseguia amarrar os próprios tênis.

Parker queria ajudar Walzer, e foi aí que Hatfield começou a trabalhar no que viria a se transformar no Flyease, a reinvenção do zíper. O diretor passou a conversar frequentemente com o garoto, que recebia protótipos e depois contava o que tinha achado do trabalho, até que chegaram ao ponto atual.

Quando aberto, há espaço suficiente para colocar e tirar o pé sem nem mesmo encostar as mãos no tênis.

Hatfield disse à Fast Co. que a tecnologia ainda não está totalmente pronta, mas será lançado mesmo assim porque a Nike entende que do jeito que está ela já é capaz de ajudar pessoas na mesma situação de Walzer. A ideia, entretanto, não é ter uma linha só para quem tem mobilidade reduzida, tanto que o próprio executivo tem um modelo particular que ele usa para correr, e que acelera sua passagem pela área de segurança dos aeroportos (onde é preciso ficar descalço).

O primeiro modelo a sair com o sistema é o LeBron Soldier 8 FLYEASE, que será lançado em quantidade limitada no final de julho.

Fonte: Olhar Digital

Portadores da ELA podem usar computador apenas com movimento dos olhos

Inovação foi apresentada em mini simpósio promovido pela Associação Dr. Hemerson Casado Gama

Radialista Carlos Miranda foi o primeiro a testar o computador que faz leitura ocular

O uso de computador com teclado vocalizado para portadores da Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) e outras doenças incapacitantes foi o ponto alto do Mini Simpósio de Tecnologia Assistiva Aplicada à Esclerose Lateral, realizado nessa quarta-feira, no Hotel Ritz Lagoa da Anta, na Cruz das Almas. O equipamento é usado pelo usuário por meio do sensor de captação ocular, ou seja, ele escolhe as letras do teclado apenas com o movimento dos olhos e forma as palavras e frases.

A novidade foi apresentada por Rafael Alves, técnico em Tecnologia Assistiva da empresa sueca Tobii, no evento realizado pela Associação Dr. Hemerson Casado Gama. De acordo com ele, o computador com esta formatação tem sido comercializado no mundo inteiro, sobretudo para os portadores da ELA, e o software pode ser adaptado em qualquer computador e o equipamento pode ser adaptado de acordo com a necessidade do usuário.

Segundo Rafael Alves, a inovação dá liberdade ao portador da ELA, por exemplo, de usar o computador, por meio da fixação do olhar no teclado, piscada ou mover uma das partes do corpo, de produzir textos, com o controle ocular sem a necessidade da ajuda de terceiros. O equipamento tem ainda entre as vantagens a de ser configurado para virar controle remoto de TV e ar condicionado, apenas com o movimento dos olhos.

O presidente da Associação que leva o seu nome, Hemerson Casado, anunciou durante o evento que está fazendo contato com possíveis patrocinadores e a empresa responsável pela fabricação do computador para a compra de 60 unidades para serem doadas aos portadores da ELA em Alagoas.

Outro momento de troca de experiência do evento se deu com a palestra do professor doutor da Universidade de Brasília (UNB), Adson Ferreira da UNB, que expôs sobre pesquisas em engenharia biomédica com aplicação e desenvolvimento em reabilitação. Ele lembrou que a sua presença no mini simpósio se originou da visita que o presidente da Associação, médico Hemerson Casado fez a Brasília, há dois meses, quando visitou o grupo de pesquisa da UNB e explicou sobre a difícil situação da ELA no Brasil.

“Isso precisa ser corrigido e requer esforço conjunto de profissionais das áreas de Ciências, Saúde, Biologia, Química, Engenharia, dentre outras. Precisamos identificar quais tecnologias têm potencial para estudar esta doença. Temos interação com várias universidades brasileiras e já que o Dr Hemerson tem vontade de criar um grupo de biotecnologia em Alagoas, podemos unir esforços e somar nesse sentido”, destacou Ferreira, lembrando da importância da equipe interdisciplinar para impulsionar o grupo.

O pesquisador da UNB mostrou a reabilitação de pessoas que têm perda de membros, a exemplo de mãos e pernas, e o protótipo de mão mecânica que é feita em Brasília com impressora 3 D. Adson Ferreira exibiu ainda prótese robótica de perna para amputados acima do joelho e disse que a meta é no futuro trabalhar o recuperação de outras partes do corpo. Com relação à ELA em estágio avançado, afirma ele, a opção mais adequada seria fazer o controle pelo cérebro por sinais eletromiográficos.

Entre as pesquisas feitas pelos profissionais da UNB estão a monitoração da respiração para detecção de câncer de pulmão; monitoração de sinais do equilíbrio corporal para evitar quedas em pessoas lesionadas e detectar distúrbios no equilíbrio. Já o professor doutor Pedro de Lemos Menezes da Uncisal falou sobre a importância do exame Vemp para o diagnóstico precoce da Esclerose Múltipla, a exemplo da ELA.

De acordo com o especialista, os sintomas desta doença neurodegenerativa estão ligados a desordens vestibulares centrais e o exame Vemp é barato, rápido, sendo possível detectar resposta em músculos das extremidades do corpo onde normalmente se inicia a Esclerose Lateral Amiotrófica. “O exame é feito com o uso de eletrodo em parte sensível do corpo, a exemplo da orelha, e facilita o diagnóstico, aumentando a precisão e detectando a doença antes de o paciente da ELA perder a força dos membros”.

A também pesquisadora da UNB, professora doutora Luciana Peixoto também contribuiu com o simpósio com a palestra sobre aplicações de tecnologias à fisioterapia. De acordo com ela, a exposição teve como objetivo divulgar pesquisas realizadas no Brasil; estimular parcerias e discutir possibilidades de instrumentação para pessoas com ELA. Pela primeira vez um evento da Associação contou com a participação dos portadores da ELA, a exemplo do radialista Carlos Miranda, que testou o computador que faz leitura ocular.