Eye Ring: O anel que transforma qualquer texto em braille

O anel que promete tornar a vida de um invisual muito mais simples, ao transformar qualquer livro em formato braille. O produto inovador chama-se Eye Ring e é a proposta do designer sul-coreano Yong Jeong.

Os livros permitem-nos aprender, obter informação ou simplesmente obter um momento de prazer ao ler uma estória. No entanto, nem todas as pessoas têm esta oportunidade. Segundo o site do designer Yong Jeong, apenas 0,1% dos livros na Coreia do Sul estão disponíveis em braille, ou seja, os invisuais têm muito menos escolha no que toca à leitura.

Braille é um sistema de leitura para cegos que se faz com o tato, inventado pelo francês Louis Braille, que perdeu a visão aos 3 anos.

O Eye Ring é um digitalizador de braille, que permite que uma pessoa com deficiência visual possa digitalizar, ler e até mesmo ouvir qualquer texto impresso.
O anel é colocado na ponta do dedo, enquanto o leitor vai acompanhando as linhas do texto. Na parte interior do objeto, onde a ponta do dedo está encostada, vão surgindo pontos de braille de acordo com as letras que vão surgindo no texto, permitindo ao leitor identificar as letras e construir as frases.

Uma segunda funcionalidade do Eye Ring é “ouvir” o texto, ou seja, o anel usa Bluetooth para converter o texto em voz. O leitor vai ouvindo as frases à medida que vai avançando com o anel pelo texto.

Este anel para invisuais venceu um prémio de design reconhecido mundialmente, oRed Dot Award.

Cada vez mais, surgem invenções e produtos para facilitar o dia a dia de minorias ou de pessoas com algum tipo de incapacidade. Em relação aos invisuais, o Museu do Prado, em Madrid, lançou a sua primeira iniciativa de arte para invisuais, com uma instalação de várias reproduções de obras famosas em relevo, permitindo aos invisuais “ver” e sentir os quadros.

Criada cadeira de rodas que vira triciclo

Engenheiro cria cadeira de rodas que vira triciclo motorizado

Com apenas 11 meses de idade, o agente administrativo Marcos David teve paralisia infantil e perdeu o movimento das pernas. Depois de transformar sua cadeira de rodas em um triciclo, a vida ficou mais fácil, segundo ele

Com apenas 11 meses de idade, o agente administrativo Marcos David teve paralisia infantil e perdeu o movimento das pernas. Sem poder caminhar, as coisas do dia-a-dia sempre sempre foram mais difíceis para ele. Até que há cerca de dois meses, David, hoje com 41 anos de idade, conheceu um mecanismo que mudaria sua vida e facilitaria muito sua rotina, sempre tão difícil: o Kit Radical Livre.

Criado pelo engenheiro mecatrônico Júlio Oliveto Alves, 30, com o intuito de facilitar a locomoção de pessoas que têm mobilidade reduzida, o Kit Radical Livre é acoplado na cadeira de rodas e a transforma em triciclo. O aparelho tem motor elétrico e bateria de 20 quilômetros de autonomia.

“Tudo sempre foi muito difícil. Fazer coisas simples, como ir à feira, eram quase sonho. E quando eu saía sozinho, precisava sempre pedir ajuda pra alguém. Agora eu me sinto mais livre, tenho mais autonomia e não preciso depender de ninguém. A sensação de liberdade é a melhor coisa que alguém nessa situação pode sentir”, disse.

A pesquisa para a criação do kit começou há cinco anos durante o projeto de mestrado em engenharia mecânica de Alves e, em 2011, o primeiro protótipo foi concluído. O lançamento do kit e disponibilização ao mercado ocorreu no início de abril, durante a 14ª edição da Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade (Reatech).

O equipamento, que se adequa à necessidade de cada usuário, já está sendo utilizado, além de São Paulo, por cadeirantes de Minas Gerais e do Rio de Janeiro. “Minha prioridade sempre foi conseguir uma forma de dar um novo estilo de vida ao cadeirante, facilitar a vida dele ao máximo”, contou Júlio, que, apesar de não ter nenhum deficiente físico na família, teve o desejo despertado ao ver pessoas com dificuldade de locomoção.

Para Marcos, o kit tem sido prático e eficiente. “Em um bairro como o Itaim Paulista, em São Paulo, por exemplo, onde eu moro sozinho e as dificuldades de acessibilidade são muitas, um equipamento como esse veio realmente para mudar minha vida. Estou há cerca de dois meses com meu triciclo, mas já consigo fazer tanta coisa que antes não fazia, que não me imagino mais sem ele”, contou Marcos.

Sentimento semelhante ao de Marcos vive a pedagoga aposentada Rita de Cássia Orsini, de 56 anos. Moradora da Vila Mariana, em São Paulo, Rita teve as duas pernas amputadas há 11 anos por conta de uma infecção e pensou que nunca mais poderia sentir o prazer de estar livre pela rua, até que descobriu o equipamento.

“É uma sensação de liberdade maravilhosa. Antes, eu dependia do carro pra tudo. Poder chegar ao shopping, ao mercado, por exemplo, pela calçada, é sensacional. E pra mim, a sensação foi ainda melhor porque eu me sinto na minha antiga moto. O aparelho me proporciona um misto de tranquilidade, segurança com liberdade indescritível”, concluiu.

O equipamento poderia estar no mercado há mais tempo. Depois de o ficar protótipo pronto e o requerimento da patente ter sido enviado em 2012, o engenheiro chegou a apresentar a ideia em duas feiras, mas não houve interesse de parceira de nenhuma empresa do setor.

O engenheiro resolveu, então, empreender com a ajuda do irmão, o administrador de empresas Lúcio Oliveto Alves e criar a empresa Livre – Sistemas Motorizados Multifuncionais, sediada em São José dos Campos (SP).

“A reação dos cadeirantes que testavam o equipamento me motivou e não me deixou desistir. Eles pareciam criança com brinquedo novo. E eu sabia que poderia fazer a diferença na vida deles, por isso decidimos abrir a empresa”, disse.

Como funciona

O Kit Radical Livre é composto por uma roda dianteira, um motor elétrico (com acelerador eletrônico disponível no guidão), freio duplo, bateria, um par de retrovisores e farois dianteiro e traseiro. “Para mim, o importante é ver o sorriso no rosto de cada usuário que nesse veículo esquece que está em uma cadeira de rodas. E, além disso, o design ficou tão interessante que até quem não é cadeirante sente vontade de guiar”, concluiu.

O kit já foi lançado com 10 versões diferentes, com variedade de cor, motor, bateria, velocidade e tamanho do pneu. A versão básica, com potência de 350w e roda-padrão de 20 polegadas, custa R$ 4.990. Com as diversas combinações, o preço pode chegar a R$ 8.500, incluindo uma bateria reserva.

Serviço:

Livre – Sistemas Motorizados Multifuncionais

radical@kitlivre.com

FONTE – http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2015/05/04/engenheiro-cria-cadeira-de-rodas-que-vira-triciclo-motorizado.htm

Postado por Jorge Márcio às 17:35

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Marcadores: Autonomia, Cadeira de rodas, Cadeirantes, Deficiências Físicas, Engenharia, Invenções, Mecatrônica, Tecnologia Assisitiva, Triciclo, Vida Independente

Um comentário:

Sérgio José De Castro23 de junho de 2015 09:07

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Quem sou eu

Minha foto Jorge Márcio Sou um cidadão brasileiro, formado em Medicina, com especialização em Psiquiatria, que exerceu atividades no campo da Saúde Mental, em Psicanálise e Psicoterapia, tendo como parte de minha formação a Análise Institucional. Como parte de minha história pessoal se liga à vivência de ser pai de duas crianças com Paralisia Cerebral,Yuri -1987/2000 e Luana – 1994, tendo criado o DEFNET – Centro de Informática e Informações sobre paralisias Cerebrais, tenho uma ativa militância na defesa de Direitos Humanos de Pessoas com Deficiência. Tenho mais duas filhas, Yasmin e Isadora que, juntamente com Luana, me inspiram, desdobrado das dobras femininas, na busca de novos conhecimentos e sabedoria para um outro Mundo possivel, onde as diferenças sejam reconhecidas e possamos ecosofica e bioéticamente encontrar outros modos de VIVER, AMAR E EXISTIR… Hoje reaprendendo com a deficiência a superar e transpor um acidente de percurso da Vida…Visualizar meu perfil completo

Modelo Picture Window. Tecnologia do Blogger.

prótese de mãos baratas feitas em 3D

Decepção com prótese ‘medieval’ leva britânico a criar mãos baratas feitas em 3D

Na semana passada na Grã-Bretanha, Nicky Ashwell, uma mulher que nasceu sem uma das mãos, exibiu uma prótese biônica feita com tecnologias tiradas da Fórmula 1 e de programas militares para imitar os movimentos de uma mão comum, o que inclui 14 posições.

Solução usa impressoras 3D para criar mãos de desenho simples para pessoas que não têm dinheiro para próteses biônicas.

Acompanhe a matéria
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/06/150625_inglaterra_protese_fd?ocid=socialflow

Concurso de Aplicativos Móveis e acessibilidade

A Samsung, em parceria com o ITU (International Communication Union), estão promovendo um concurso para o desenvolvimento de aplicativos de Acessibilidade. As inscrições vão até dia 05 de julho.

Maiores informações:
https://sites.google.com/site/acessibilidadeuit/

Cefet/RJ desenvolve protótipos para auxiliar a acessibilidade de pessoas com deficiência

Alunos do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet/RJ) desenvolveram, sob orientação docente, dois protótipos para facilitar a acessibilidade. Voltado para pessoas com deficiência visual, o Tecnoboné permite identificar obstáculos fora do alcance da bengala. Já a cadeira de rodas acionada por comando de voz possibilita o deslocamento autônomo de pessoas com deficiência motora.

O Tecnoboné é composto por duas partes: uma superior, acoplada à cabeça, para identificar os obstáculos, e outra inferior, instalada na região da cintura, para informar ao deficiente visual a direção dos objetos identificados. “Através de um controlador central instalado no boné, são enviadas informações para a outra parte do protótipo, que informa ao usuário a direção dos obstáculos através de motores vibracall”, descreve o professor Nilson Lazarin.

A cadeira de rodas acionada por comando de voz foi construída a partir da acoplagem de uma mobilete a uma cadeira de rodas. Os dois equipamentos foram interligados por dispositivos eletroeletrônicos que interpretam a voz humana e convertem-na em movimento. Os dispositivos são acionados por meio dos comandos “para”, “frente” e “volta”, realizando deslocamentos para a frente e para trás, respectivamente.

O protótipo funciona de forma satisfatória em vários ambientes. De acordo com os integrantes do projeto, foram realizados testes em locais com níveis alto, médio e baixo de ruídos. Onde o ruído era baixo ou médio, a cadeira de rodas funcionou corretamente. Onde era alto, foram observados problemas no reconhecimento da voz, impedindo o acionamento dos motores. Melhorias nesse sentido já estão nos planos dos alunos.

Ambos os protótipos foram desenvolvidos com o apoio do Projeto Turing, atividade de extensão criada em 2012 e que atualmente envolve os campi Nova Friburgo, Maria da Graça e Nova Iguaçu. Representante do projeto nocampus Maria da Graça, o professor Carlos Eduardo Pantoja explica que há uma preocupação constante em imprimir um caráter social às pesquisas realizadas. “Sempre estimulamos os alunos a seguirem uma linha social, usando a tecnologia para auxiliar as pessoas com deficiência”, afirma.

Reciclagem torna aula de matemática inclusiva

Professor da Paraíba descreve como começou a construir jogos para estimular o aprendizado de crianças com deficiência

Sou professor na turma de Atendimento Educacional Especializado, um serviço que atua dentro da perspectiva da educação inclusiva, em Barra de São Miguel, na Paraíba. Acompanho alunos com deficiência mental, motora, auditiva, déficit de aprendizagem e autismo.

Percebi que faltavam muitos materiais para auxiliar no aprendizado de crianças com deficiência. Partindo dessa necessidade, comecei a juntar recicláveis para confeccionar jogos matemáticos com tampinhas, caixas de papelão e garrafas PET.

Muito se fala que a criança aprende em contato direto com o meio que a cerca, e a manipulação de brinquedos possibilita estimular o desenvolvimento sensório e motor. Após identificar a necessidade dos alunos, passei a construir jogos matemáticos que têm como objetivo adaptar a criança com deficiência e ajudá-la a resolver determinadas atividades.

Os alunos sentem algumas dificuldades na sala de aula regular e eu tento trabalhar com eles de forma lúdica. No jogo operações matemáticas, por exemplo, utilizo tampinhas com símbolos das operações para que o aluno faça encaixes e encontre as respostas. Essa atividade possibilita que crianças com deficiência física desenvolvam sua coordenação motora e adquiram autonomia para realizarem tarefas.

Nos últimos anos a educação inclusiva vem sendo valorizada, contando com sala de recursos, atendimento diferenciado e metodologias que acrescentam ao desenvolvimento das crianças. Apenas na sala de aula regular o professor acaba não dando conta de trabalhar com as necessidades de cada aluno, além de não ter uma formação direcionada para prestar esse tipo de assistência.

O grande desafio é desenvolver jogos matemáticos centrados no aluno e que sejam capazes de propiciar o desenvolvimento de habilidades de acordo com a capacidade motora de cada criança. Diariamente faço relatos individuais e tenho observado que eles se desenvolveram muito e continuam me surpreendendo.

Na minha opinião, o mais gratificante nesse trabalho é o amor que eu tenho por eles. Se um aluno falta muitas vezes no atendimento, chego até a ir à casa dele. Quando eles me encontram na rua, saem correndo para me abraçar. Eu fico muito emocionado com isso. (Porvir/ #Envolverde)

Eraldo

* Diário de Inovações é uma seção com relatos de educadores que estão inovando dentro da sala de aula. Para compartilhar suas experiências com a gente, acesse aqui o formulário e conte sua história.

* Publicado originalmente no site Porvir.

“Luva inovadora permite que surdocegos enviem mensagens de texto”

“A fim de facilitar a comunicação entre surdocegos e as demais pessoas, está sendo desenvolvida a Mobile Lorm Glove, uma luva inteligente que, por meio de sensores, é capaz de transformar toques na palma da mão em caracteres e enviá-los em forma de SMS para o celular do usuário. O contrário também é possível: se um surdocego recebe um SMS, as palavras são transformadas em vibrações. Espera-se que essa tecnologia permita também a leitura de e-books e audiobooks.”

VER O VÍDEO SOBRE A LUVA:

Estudantes de engenharia criam cadeira de rodas com “escalador de escadas”

Uma equipe de estudantes de engenharia elétrica e mecânica no Instituto Federal Suíço de Tecnologia (ETH), em Zurique, está desenvolvendo uma cadeira de rodas com tanto foco na acessibilidade quanto no estilo. Batizado de Scalevo, o protótipo vem equipado com duas esteiras inspiradas por tanques de guerra que são capazes de escalar escadas sem dificuldade.

Não só isso, a Scalevo conta com diversas partes móveis automatizadas que permitem ao seu usuário um controle completo no movimento da cadeira, podendo mexer na sua altura e garantindo uma subida suave pelas escadas e mantendo seu posicionamento com uma postura confortável.

A equipe pretende levar seu modelo para o Cybathlon 2016, um campeonato dedicado ao uso de “próteses competitivas”, para mostrar que há de melhor na área de robótica de acessibilidade inclusive no segmento esportivo.

Aluno da USP desenvolve braço que capta e imita movimentos

Estudante trabalhou durante 7 meses no aprimoramento do projeto.

A união de robôs e humanos de forma cooperativa parece assunto para a ficção científica, mas um estudante do campus de São Carlos da Universidade de São Paulo (USP) mostrou que isso pode ser real e ganhou 10 mil dólares por desenvolver um braço mecânico capaz de copiar movimentos.

Vinícius Bazan Pinto Fernandes, de 22 anos, está concluindo o curso de Engenharia Mecatrônica na Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) e conquistou o segundo lugar no concurso global Toradex Design Challenge com o projeto Wearable Interface for Teleoperation of Robot Arms.
O WITRA permite que o usuário manipule um robô de forma intuitiva, com o movimento do próprio corpo. Quer que o braço robótico erga algo? Faça o movimento e ele reproduzirá. Tudo porque sensores colocados no braço, antebraço e punho do operador captam as variações. Os dados são enviados para um microcomputador que lê as informações e faz com que a máquina as interprete, recriando a trajetória de maneira quase instantânea.

Para o estudante, o diferencial de sua proposta na comparação com os demais concorrentes foi a interface intuitiva. “Tenho uma espécie de lema: dar para qualquer usuário, independentemente da idade e da escolaridade, a mesma performance. Criar sistemas complexos, mas com interfaces simples”, explicou o jovem, que vê nessa concepção uma opção mais amigável para o futuro da relação entre máquinas e homens.

“Eu acredito que é uma possibilidade para a indústria e toca em um ponto que não é a substituição do homem pela máquina, e sim a cooperação. Unir as duas coisas: a inteligência do humano com a força e a precisão do robô”, afirmou. “Esse é o futuro para mim, essa mudança de pensamento da substituição para a cooperação”.

Percurso

Vinicius realizou iniciação científica com o professor Glauco Augusto de Paula Caurin na área de reabilitação robótica, como o uso de robôs em fisioterapia, e em agosto de 2012 embarcou para os Estados Unidos para um intercâmbio na New York University pelo programa Ciências sem Fronteiras.

“Me inscrevi em uma matéria do mestrado em mecatrônica e desenvolvi um projeto em robótica. Trabalhei durante oito meses no laboratório da universidade e, quando voltei, fui conversar com o professor Glauco. O projeto do desafio, que é também meu trabalho de conclusão de curso (TCC), é similar ao que fiz em Nova York, mas lá era um protótipo. O professor gostou da ideia e aqui criamos uma 2ª versão melhorada, robusta”.

De volta ao Brasil, Vinicius ficou sabendo do concurso e resolveu se inscrever. Efetuou o registro sozinho, mas em todo o percurso contou com o apoio do professor Glauco e também de Daniel Magalhães, Kleber Andrade e de colegas e funcionários da USP e da New York University. “Trabalhei muito pensando em ficar entre os dois primeiros. Sabia que era difícil porque é uma competição global, mas trabalhei muito”, contou.

O empenho deu resultado. Após sete meses de competição, o estudante foi informado que havia conquistado o 2º lugar e que, em maio, iria receber um cheque de 10 mil dólares. Agora com o dinheiro em mãos, ele pretende investir o montante para, no futuro, definir a melhor forma de usá-lo. “Pretendo trabalhar com inovação e levar o conhecimento para outras pessoas, provavelmente usar para criar um negócio”.

Fonte: G1

Nova prótese ‘sensível’ dá esperanças a pessoas amputadas

Prótese recria sensibilidade do membro perdido e elimina dores fantasma.

Sensores conectados à prótese enviam sinais às terminações nervosas.

Um austríaco que não tem uma perna se tornou o primeiro amputado a utilizar uma prótese que recria a sensibilidade do membro perdido e dá esperanças contra as dores fantasma.

“Tenho a impressão de ter um pé novamente”, afirmou à AFP Wolfgang Rangger, um professor de 54 anos, amputado na altura do joelho em 2007 após complicações de um acidente vascular cerebral.
“Já não escorrego no gelo, sinto a diferença quando caminho sobre cascalho, concreto, grama ou areia. Sinto inclusive as pedrinhas”, afirma o primeiro paciente operado pelo professor Hubert Egger, da Universidade de Linz.

Seis meses depois do implante, Wolfgang Rangger corre, anda de bicicleta e inclusive faz escalada. Quando caminha, seu coxear é quase imperceptível.

Este resultado espetacular é fruto de uma técnica que associa o deslocamento dos feixes de nervos com a aplicação de sensores conectados em uma prótese de um novo tipo.

No caso do paciente de Linz, os médicos pegaram, no centro do coto, as terminações nervosas que conduziam inicialmente ao pé amputado. Depois as desviaram à superfície da coxa, onde as conectaram com a parte alta da prótese.

Sinal enviado ao cérebro

Por sua vez, a perna artificial inclui sensores sob a planta do pé unidos a outras células, chamadas simuladores, que estão em contato com o coto. A informação transferida entre os sensores e os simuladores permite imitar, e finalmente reproduzir, a sensação do membro perdido.

Com cada passo, cada vez que exerce pressão sobre o solo, o pé artificial de Wolfgang Rangger envia um sinal preciso ao cérebro.

“Em um pé com boa saúde, são os receptores da pele os que cumprem esta função. Um amputado não tem estes receptores, é claro. Mas os transmissores de informação, que são os nervos, seguem existindo. É preciso apenas estimulá-los”, resume o professor Egger.

O médico austríaco já havia inovado em 2010 ao apresentar uma prótese de braço controlada pela mente, graças a uma conexão entre os nervos motores e a prótese.

Desta vez o princípio é o mesmo, mas o percurso é realizado ao contrário: a informação parte da prótese para chegar ao cérebro.

O fim das dores fantasma

Além disso, a prótese testada em Linz oferece ao seu portador uma segunda vantagem que, ao menos para ele, é igualmente importante: o novo sistema colocou fim, em apenas alguns dias, às dores fantasmas que precisou suportar durante anos depois de perder sua perna.

“Com minha prótese convencional”, lembra Wolfgang Rangger, “podia apenas caminhar. Não conseguia dormir mais que duas horas por noite e precisava de morfina para aguentar durante o dia”.

Esta sensação de sofrimento no membro que já não possui, muito comum, ocorre devido a uma hipersensibilidade que se desenvolve progressivamente no cérebro, que, de certa forma, busca o membro amputado, explica o professor Egger.

A dor fantasma, prossegue, é agravada pela lembrança traumática do acidente ou da doença que levou à amputação.

A prótese “sensível” o remedia, ao enviar novamente informações ao cérebro, interrompendo sua busca vã e infinita.

O custo do protótipo está calculado entre 10.000 e 30.000 euros. Sua industrialização já poderia começar, mas a equipe de Linz quer estudar um pouco mais os resultados obtidos com o primeiro paciente.

Fonte: G1